quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Willow
(Nes)

Inhaí galera!

Está começando mais um...

AdrenaSports!

...com Dani Peitinho!

Não sei se sou o único, mas sou um compulsivo e estou sempre aumentando minha lista de games para jogar antes de morrer. Uma das fontes mais lucrativas de opções são aqueles vídeos de 1000 games em 1000 minutos que rolam no youtube, conhecem?

Então, nada mais justo que trazer uma amostra do que encontrei e uma prova de que é possível conhecer um game excelente vendo apenas uma imagem ou poucos segundos de gameplay. Sério.

E mais ainda, mostrar que games baseados em filmes podem ser muito melhores do que pensa nossa vã ignorância. A filósofa!


Enquanto assistia um desses vídeos, me deparei com um anãozinho atacando simpáticos slimes com uma espadinha em um campo verde que se movimentava ao som de uma música agitada e não tive dúvidas. É esse!

Ao começar, somos logo apresentados a história do game que é diferente da contada no filme. É um babado básico em que uma bruxa malvada ataca os esquilos da floresta que a prendem em uma caixa para que a bruaca retorne em alguns anos para botar pra quebrar. #sóqnão

Na verdade, o esquilo e a velha são dois deuses. Daí, um deles se corrompe, fica Lôka e bota pra quebrar. Mas eu prefiro a outra versão. Sinceramente... sou péssimo para explicar as histórias. #fodaz

Toda a trama inicial é contada em uma simpática sequência de imagens estáticas de rostos bem desenhados, mostrando que o buraco do Willow é muito mais embaixo. (sem ofensas aos anões)


Logo no início do game, tive a ligeira impressão de estar jogando outro console. O personagem é grande para seu tamanho, assim como as casas, estradas, personagens secundários, paredes e tudo mais que compõem esse mundo de fantasia. Willow poderia facilmente estrear um game de Mega Drive ou Super Nintendo sem dever nada para os 16 Bits.


Os cenários são coloridos com muito bom gosto e dão um tom profissional ao game. Nada aqui foi feito as pressas ou com desleixo. O design das fases é perfeito. A forma como as dungeons foram construídas é inovadora. Não sei se conseguirei explicar. O que quero dizer é que os labirintos realmente fazem sentido e se encaixam perfeitamente a imagem que vemos do lado de fora.

Entende?

É mais ou menos assim, você chega na porta da caverna e imagina um lugar grande prosseguindo para a direita e com uma curva para cima. Daí, quando você entra e explora essa caverna, descobre é tudo exatamente como você imaginou. A coerência com o level design (chique hein?) é um ponto muito positivo e presente no game.

Mantendo a idéia de que nada aqui é por acaso, é preciso destacar a variedade de situações de jogo. Não, você não verá Willow em cima de um cavalo ou fazendo bumpjump com a Lady Gaga na Disney. Não é isso.

O negócio é que para cada ação, há uma forma de específica de demonstrar. Ao conversar com um mero NPC, Willow é transportado para outra janela para uma breve cutscene que mostra nossa amigo em seu tamanho real.

Você sabe o que é isso? Um RPG de Nes que exibe uma cena animada e com plano de fundo bonito para cada conversa alheia que você fizer? É com certeza uma jóia rara. De verdade.


Além disso, as lutas são em tempo real com inimigos que surgem aleatoriamente em cada tela, bem ao estilo The Legend of Zelda só que com três vezes mais pixels e quadros de animação.

Sem falar nas batalhas contra os chefes que rolam em uma janela menor com uma barra de energia lateral que deixa a luta muito mais intensa, pois cada vez que você é atingido a barrinha vai léeemmm baixo.


Deu pra perceber que o negócio é complexo, né?

E não pára por aí. Basta apertar start para conferir a super ultra maravilhosa bolsa da Willow (quem viu o filme sabe do que estou falando). Nela você encontrará 4 telas contendo itens, espadas, escudos e magias. Além das informações sobre status como experiência, nível, HP, MP, força, defesa e agilidade.


Aqui a coisa fica séria.

Willow adquire experiência ao derrotar os inimigos. Então, ao subir de nível seu HP e MP aumentam. As espadas, 9 no total determinam a força. Os escudos determinam a defesa. A agilidade é a resistência a magias. Sendo que os níveis também influenciam nos outros status.

Os itens serão utilizados ao longo da jornada para solução de enigmas. E as magias são muito variadas. Há magias para atacar, encher a energia, viajar e até para coisas engraçadas. Nesse quesito não há do que reclamar. É tudo muito interessante.

Quem conhece os games de Nes sabe o quanto é difícil encontrar algo tão complexo nesse sentido. Ainda mais sendo um rpg de ação com gráficos excelentes.

A Capcom A-R-R-A-S-O-U!


Seguindo os itens, os inimigos também abusam da criatividade. Alguns são enormes, outros pequenos, mas todos tem mais de uma animação para o ataque e formas diferentes de ser eliminados.

A história é muito bem contada ao longo da jornada e não deixa brechas nem coisas sem explicação, levando em consideração as limitações do console.

Falando em limitações, o uso inteligente das limitações do nintendinho acaba sendo o charme de seus jogos. E com Willow não poderia ser diferente. Os inimigos maiores aparecem em pontes para restringir a movimentação e pequenos efeitos como o acender de uma tocha (quem jogar saberá) tornam a aventura grandiosa.

As músicas são agradáveis. A música do mundo é viciante apesar de um pouco curta, mas o grande trunfo está na música lenta. Sério. Não resisto a baladas. Quase chorei nas cenas de emoção só por causa da música de fundo. Tive que segurar a bolsa para não cair em lágrimas em algumas partes. Como não sou fraca, mantive a pose.


Para completar a Côreo! Alguns detalhes mostram o capricho dos produtores em fazer um game que fazia jus ao Nes em 1989.

Quando não está equipado com nenhuma espada ou escudo, Willow fica nu.

Mentira, ele simplesmente não carrega o que não estiver equipado. E isso é raríssimo até mesmo hoje em dia, quanto mais a 2o anos atrás.

Agora, se segura que Titia vai abalar suas estruturas.

Se prepare.

Lá vai.

Willow tem DOIS movimentos de ataque!

Você faz idéia do que isso representa para um game de 1989?

É o máximo que um rpg pode conseguir.

Quantos games de 8-Bits você conhece em que o personagem ataca de duas formas distintas com a mesma arma ou o mesmo botão? E ainda varia a velocidade do movimento de acordo com a espada equipada?

Bem Honesta!

Willow é Sandália Caríssima!


Como nenhum cara por quem nos apaixonamos repentinamente é perfeito, Willow também tem seus defeitos, além da baixa estatura.

O salvamento é feito por passwords. O que não é problema para ninguém em 2011, mas é o responsável pela dificuldade altíssima do game. Para pegar o password certo depois de pegar algum item é preciso sair da dungeon e só depois morrer. #dicofika

Claro que esse é um grande defeito, mas não impediu Metroid de se tornar um clássico e não impedirá Willow de ser um grande game obscuro. Pode apostar.

Contudo, esse é um dos melhores games de Nes e um dos mais bonitos. Totalmente indispensável para aqueles que só conhecem os Zeldas da vida. Quem está afim de uma coisinha diferente pode ligar pra Willow que a balada é certa.

Arrasa no Moicano!

Produtora: Capcom
Gênero: RPG Ação
Ano: 1989
Console: Nes

NOTA: A-

Deveríamos ter crescidos juntos, mas você não quis...



PS: se alguém quiser a versão traduzida em português, me avise que faço o upload. tô com preguiça de fazer agora, mas se alguém pedir eu coloco. tá?

19 comentários:

  1. Eu cheguei a jogar esse na época mas por algum motivo descartei ele por umas fitas do Megaman... Depois de ler o post decidi dar uma segunda chance e vou jogar aqui! Se puder, coloca ai a tradução do jogo que vai me ajudar muito.

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  2. O anãozinho merece uma segunda chance... pode dar... por minha conta.

    A noite eu disponibilizo a atualização... volta aí depois e pega, tá?

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  3. "mostrando que o buraco do Willow é muito mais embaixo. (sem ofensas aos anões) " - eu ri, muito!

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  4. A Capcom, como sempre, me surpreendendo...
    Gustavo, você já jogou Gargoyle's Quest pro NES?
    Puts, não tenho nem palavras praquele jogo...
    E The Legend Of Zelda: The Minish Cap (GBA)?
    É um Zelda feito pela Capcom, mas que não fica devendo pra nenhum outro da série, tanto que é um dos principais, senão, o principal jogo do Game Boy Advance...
    Pago muito pau pra Capcom...

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  5. Esse eu tenho orgulho de dizer que cheguei a jogar há 20 anos atrás no meu Super Charger (Famicom-clone) e que é tudo isso que o Gabriel falou! Inclusive esse é um dos jogos que estou procurando desesperadamente para comprar agora que consegui um Top-Game VG 9000 (duas entradas rules!!!) inteiraço com  dois controles para jogar. Aliás, acho que o sistema com mais pérolas desconhecidas é o NES. Há muita coisa legal que eu só conheci mais recentemente.

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  6. Esse jogo é muito legal, arrisco a dizer que é mais legal que Zelda todos os ZELDAs do NES juntos *polemica*.

    Coisinha mais fofa esse anãozinho....o que deve ter sofrido numas passagens ai ...

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  7. concordo que Willow é um bom game, mas melhor do que Zelda? apenas Soleil do Mega Drive pode ter esse titulo.

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  8. Cara, não sabia que este jogo era da Capcom! Tá explicado porque é bom então. Até cheguei a jogar na época no meu Turbo Game, mas não tinha muito QI ainda para jogos deste tipo ahahahha. Belo post rapaz!

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  9. Essa é uma daquelas que já vem prontas, sabe?
    E essas são sempre perfeitas!

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  10. Ainda não joguei Gargoyle's Quest, mas está na lista e em breve chego nele. Agora Minish Cap é o Zelda mais bonito do mundo, já zerei sim... e não sei porque ainda não falei dele por aqui. Estranho.

    É... Gabriel, bem! Gustavo não.

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  11. Disso eu tenho inveja, porque se já achei esse jogo uma maravilha jogando hoje em dia, fico imaginando o que pensaria se tivesse jogado na época. Com certeza seria um dos top 10. Sério.

    O Nes tem muito jogos incríveis que ninguém conhece. Principalmente RPGs. O que acontece é que ficamos presos aos clássicos. Não dá mais. É preciso abrir a cabeça.

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  12. Eu acho que Willow é melhor do que Zelda em diversos aspectos. Só perde na trilha sonora. O problema é que não dá pra comparar porque Willow é quase 5 anos mais novo que Zelda. Daí não seria justa a comparação. Mas, sem dúvida, é um EXCELENTE game!

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  13. Não se preocupe, ainda dá tempo de jogar, agora que seu QI evoluiu. Vá em frente, experimente. É um luxo!

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  14. Nossa titia kkk não sou muito chegado a RPG's kkk xD mas quando vi o titulo do post jurei que ia rolar um Whip My hair!

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  15. Cacimba, como eu nunca tinha jogado esse treco? Parece excelente!

    E de fato, essas cutscenes aí, vou te contar... fiquei morrendo de vontade de jogar. Eu imagino como ia pirar se tivesse jogado isso na época em que saiu.

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  16. Imagina um game dela!?
    O ataque especial rodando o pirucão!

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  17. É porque você não andava comigo... colanimimquicêbrilha!

    Não são umas belezinhas!?
    Eu colocaria ele no Top 3 com toda a certeza!

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  18. A Capcom mantém um padrão de qualidade alto sempre. Esse jogo é digno de estar em uma lista de TOP pela profundidade e diversas sacadas dos produtores. Jogos assim me fazem pensar em Ristar para Mega, um grande jogo, que usa tudo do console sem engasgos e quase esquecido do grande público.

    Bela resenha Gabriel!

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  19. Capcom é capcom, né?

    É um top certeiro... pena que a maioria das listas olha fama e quantidade de vendas antes de qualidade... e poucas pessoas conhecem o game para usar a emoção. Foda.

    Ristar?
    Pretendo jogar em breve... com uma indicação ele já sobe na lista.

    "Bela resenha Gabriel!"

    Desculpa.

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