Produtora: Camelot / Sega
Gênero: RPG /Estratégia
Ano: 1997
Plataforma: Sega Saturn
No ano passado adquiri em um acesso de loucura, um Sega Saturn Skeleton destravado, chaveado, nervoso, do mal e caro.
Fazendo a Linha Paris em 12 vezes no cartão!
Depois de encarar Nights e Astal chegou a hora de conhecer um dos jogos que eu mais esperei jogar em toda minha vida. Babei nesse negócio uma vida inteira e finalmente tive a oportunidade de sentir essa emoção.
Dividirei com vocês nesse momento a realização de um sonho.
Como é o Bafão?: (A)
Sabe aquela história de 'Inglês Cursando'? Então, ainda estou nessa. Portanto, ainda não consigo descrever com exatidão a história de nenhum jogo. Qual o melhor a fazer nessas horas?
Criar sua própria versão dos fatos e se convencer que foi assim.
Com ajuda da Wikipédia e de minhas experiências tentarei explicitar da melhor forma o babado desse negócio. Nesse primeiro cenário, viveremos a história de Synbios, um herói republicano que fará seu papel de herói em meio a conflitos políticos.
Na verdade, Synbios é a bicha muda original trilhando seu caminho para o sucesso. Depois de conseguir um contrato com uma gravador famosa, nossa amiga se junta ao grupo Força Shine e parte em turnê pelo país.
Em meio a tudo isso é que a história se desenrola.
Produção: (A-)
A transição para 3D foi bem feita.
Os recursos do Saturn foram bem utilizados.
E as cenas e animações de batalhas são um Arraso!
Mas como nada é perfeito e quase tudo está longe de ser, nossa produtora vacilou muito na decoração off-battle.
Não consigo entender porque os bonequinhos tem de ser duros (na verdade, eu entendo, mas não vem ao caso). É isso mesmo, D-U-R-O-s! Parece que eles não sabem dar passos fora das batalhas. Os bichos ficam flutuando como Bonecos de Olinda. Não dá pra entender.
Dentro das lutas a história é completamente diferente. São apresentados efeitos de luz e rotação incríveis. Tudo rola de maneira muito limpa. Os movimentos especiais tem animações impressionantes que mostram claramente a diferença entre um 16-Bit e seu sucessor.
Em contrapartida, tudo que acontece fora da tela de batalha é simplório demais. São animações duras e esquisitas que até eu de salto quebrado faria melhor. Quando você jogar e encontrar a Gertrudes, entenderá o que estou falando.
Outra falha que não merece desculpa é a falta de CutScenes... porque fazer um jogo de 32-Bits em CD e não utilizar esse recurso? Creio que seja um costume da série SF, pois ela raramente apresenta cenas animadas. Pelo menos a abertura é Um Luxo!
As batalhas realmente compensam tudo isso, só que dessa forma Shinning Force III perdeu a chance de ser um jogo perfeito. Uma pena.
Bate Cabelo: (A-)
CD! CD! e CD! 2 Letras que resumem tudo. A diferença da qualidade do som e imensa, não dá pra comparar. E um diferencial que venho observando no Saturn é que as gamemusics não perdem aquele ar de musiquinha de joguinho, sabe?
A série SF tem um estilo próprio de música de excelente qualidade e na maioria das vezes compostas de sons originais. No número 3 não podia ser diferente, apesar de não considerar os temas memoráveis como os de Shinning Force 2 para Mega Drive.
Algumas músicas parecem versões ou samples de clássicos de outros clássicos dos RPGs. Nada me tira da cabeça que as músicas das últimas batalhas são baseadas em composições de Final Fantasy I. Quem jogar e tiver a mesma opinião, me avise e me tire dessa solidão.
Os efeitos sonoros mantém aquele padrão, espetaculares nas batalhas e cumprem seu papel fora delas. Os golpes e as magias estão muito bem representados sonoramente falando. Dá pra sentir de perto a porrada comendo solta.
E para completar, as Drags não ficam para trás. Todos os personagens tem vozes para as magias e para os ataques especiais. É como eu disse: CD! CD! e CD!
Coreô!: (A+)
Essa é a melhor parte da festa. A coreografia de Shinning Force III é perfeita. São inúmeros dançarinos especializados nos mais variados estilos de dança que se apresentam em diversos cenários temáticos espalhados pelo mundo de maneiro excepcional. A Lôka!
Já ouvi muitas vezes que o sistema de combate da série SF é muito simples, como se isso fosse um defeito do jogo. Creio que esse é a grande sacada e em SFIII foram adicionadas características que não tiraram a simplicidade da jogabilidade e foram muito bem-vindas.
O sistema é baseado em um tabuleiro no qual os personagens se movimentam de forma limitada e sistemática. Os status de cada personagem decidem a ordem dos ataques e a capacidade de movimentação. O grupo é definido antes das batalhas e os integrantes podem ser promovidos ao atingirem um nível específico.
Por falar em promoção, todos os personagens possuem uma classe com características específicas que pode ser mudada no momento da promoção. Uma novidade implementada nessa terceira edição foi o sistema de 'Friendship' (acho que é isso mesmo).
Quando dois carinhas batem nos mesmos indivíduos, eles vão se tornando mais próximos e vão ganhando bônus com isso. Entenderam?
Quando dois caras batem juntos eles ficam mais fortes. Depois ainda tem gente dizendo por aí que ser gay é sofrimento. Vai nessa! As vantagens são bem numerosas.
O resto é o básico de rpgs, comprar armas, subir de nível, lutar, ganhar dinheiro, encontrar itens, passagens secretas, ler muita historinha e conversar com npcs. Inhá!
Balada: (A+)
Sem querer ser repetitivo, mas essa é a melhor parte. Esse negócio é viciante. E olha que eu costumo torcer o nariz para rpgs muito focados em batalhas. Se com o Scenario I já foi isso tudo, imagina com os outros 2?
As batalhas são muito dinâmicas e inspiradoras. Dá vontade de ficar repetindo eternamente as lutas. Quase todas exigem um bom nível de estratégia e oferecem recompensa para quem se dedica a descobrir os segredos. E o fato de que pequenas ações, como quebrar um barril, influenciam no decorrer do jogo é deixa a experiência muito mais interessante.
Essa balada é pra se jogar com tudo. Lembre-se disso quando jogar a fase trem. É um grande e divertido desafio. Um Arraso!
Onde o Jogo SE JOGA?
Momento Vanessão
Só no Carão!
Nada demais. Capacidade do CD desperdiçada pela falta de vídeos e cenas animadas. Lançamento somente no Japão. E a famosa inclusão social praticada em todo Shinning Force. Para quê colocar personagens feios e ruins que ninguém vai jogar?
Pelo menos a fixação por centauros diminui consideravelmente.
Nota Final: (A-) Shinning Force III - Scenario I,
Make My Dreams Come True
SemBr
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