miércoles, 31 de agosto de 2011

Mighty Morphin
Power Rangers:
The Fighting Edition
(Super Nintendo)


Acharam que iriam se livrar de mi-IM?

Ah-ha! Peguei vocês!

Confesso que andei abusando... dei mais que poodle no cio.

Mas agora, eu tô bem... E não venha me dizer...

...que a Celine tomou o meu luga-AR!

Aquela canadense tem que ir naufragar no ma-AR!

E nesse clima de levanta, sacode a poeira e dá a voltapor cima com a Whitney que falarei sobre uma de minhas paixões da infância. Paixão, sim. Mais um sim. Por quê? Qual o problema? Fui uma criança apaixonada, e daí?

Eu tinha fixação pelos Power Rangers. Sério.

Era alucinado pelo grupo de 5 heróis adolescentes coloridos com atuação -1. Acompanhei todas as temporadas até eles irem para a galáxia perdida e perderem toda a essência. A coisa é tão forte que sem muito esforço consigo lembrar do nome e do rosto de praticamente todos os rangers. Medo.

Enfim, o objetivo hoje é mostrar a você um mundo além de Street Fighter e Mortal Kombat, falando sobre um dos melhores jogos de luta de todos os tempos.

Mais um de meus vícios.


Não sei quantas tardes já passei jogando Mighty Morphin Power Rangers: The Fighting Edition ou simplesmente, Power Rangers Robô. No bar que costumava ir com meu primo havia dois super nintendos com aquelas bancadas de fliperama com um contador de tempo vermelho no meio.

Quem se lembra?

E um dos nossos passatempos preferidos, era disputar inúmeras partidas desse game espetacular. Praticamente não jogávamos o modo história, mas o modo versus era jogado a exaustão. Em algumas vezes havia 'de-foras' como no fliperama. Posso estar exagerando, mas a sensação era essa.


Pelo que eu disse antes, você pode perceber que o 'story mode' é uma broxice sem fim, né? De verdade, as limitações são muitas e um tanto quanto sem sentido. Odeio repressão. E prometo ser breve nessa parte.

Para começar, apenas dois megazords estão disponíveis: Thunder Megazord e Mega Tigerzord; liderados pelos rangers vermelho e branco respectivamente. Com certeza, foi pobreza de espírito da produção que não quis fazer animações de montagem para todos os megazords. Uóh!

Aliás, as animações são as únicas coisas interessantes dessas partidas. Principalmente quando derrotamos um dos monstros e somos agraciados com uma sequência belíssima do megazord fazendo a Kamen Raider e explodindo o feioso com um peido.

Um luxo no lixo!

No geral, a coisa corre como qualquer outro 'story mode'. Escolhe-se o lutador e enfrentam-se todos os outros em uma ordem específica até chegar ao último chefe. Nenhuma novidade. Um saco.

Foi tanta preguiça que enfrenta-se os outros megazords.

Como assim?

Se era para enfrentá-los, eles deveriam estar disponíveis para a escolha.

Não é?

Ah... tô nervosa!

Sai pra lá... quem gosta de história é quem dá o golpe do baú.

Bem Honesta!

Bora pro versus.


E é aqui que a coisa toda acontece.

8 personagens estão disponíveis e 1 personagem secreto (X + Y + Start, na tela de seleção), totalizando 9 personagens. Divididos em 2 grupos, 4 megazords, 4 monstros e um chefão secreto. Há a possibilidade de dois players escolherem o mesmo personagem, coisa que SFII só deixava com cheat, mas tudo bem.

O trunfo está na diversidade dos lutadores. Cada um possui características únicas e habilidades distintas, distribuídas de forma muito equilibrada. E isso deixa a disputa muito mais divertida, pois raramente a escolha do personagem definirá a partida. Ou seja, a habilidade do jogador, realmente conta mais por aqui.

São eles: Thunder Megazord, Mega Tigerzord, Ninja Megazord, Shogun Megazord, Lipsyncher, Goldar, Lord Zedd, Silver Horns e Ivan Oose.

Thunder Megazord: Seus golpes são claramente inspirados em Ken e Ryu, mas com uma pegada ninja. Por ser um dos principais, nada mais certo do que deixá-lo com uma jogabilidade mais familiar.

Mega Tigerzord: Golpes muito originais. Mesmo hoje em dia nunca vi um jogo de luta com algum personagem com movimentos parecidos com os seus. Originalidade impressionante.

Ninja Megazord: Esse é aquele personagem mais rápido e mais fraco que os outros. Seus movimentos remetem aos ninjas e sua pose de batalha é uma das mais legais. É meu lutador favorito, principalmente, por lutar maquiado... alguém mais reparou que ele está sempre de batom?

Shogun Megazord: Esse é aquele personagem mais forte e mais lento que os outros e consequentemente mais sizudo e mais sexy. Shogun tem alto defesa e sua resistência é altíssima. Seus movimentos são basicamente de contra-ataque. Diz a lenda que possui um combo 100%... peraí... Algúem se lembra desse megazord na série?


Lipsyncher: Minha querida Batonzilda tem um quê de Cammy, perceberam? Não sei se é o corpo, as roupas ou os golpes parecidos. É uma participação feminina de peso, sexy e bonita. Seus movimentos são rápidos e graciosos. Uma diva!

Goldar: Ele não tem cara daqueles empregados que estão fora do padrão de beleza, mas são charmosos e que dormem com seus o patrões? Sempre pensei nisso. É um personagem equilibrado, com alguns golpes da escola Ryu de games de luta, mas com um detalhe interessante: Goldar pode voar. Embora passe a maior parte da série capado, aqui ele é apresentado de posse de suas asas douradas. Voa Viadinho!

Lord Zedd: Esse é o vilão gostosão. Sério. Que corpo é esse? Uma loucura. Queria saber como é o rosto dele por trás da máscara. Seus movimentos são os mais interessantes e estratégicos, pois Zedd pode se teletransportar em diversas direções. O mais difícil de dominar, mas o mais divertido de aprender.

Silver Horns: Preenche a vaga da diversidade. Não que seja um problema, mas alguma coisa parece errada com esse monstro. De qualquer forma, seus movimentos são muito eficientes quando usados de forma adequada. É um monstro fazendo seu papel de forma literal e sem muita conversa.

Ivan Oose: O chefão apelão. Não possui defesa, nem especial, mas seus golpes podem ser feitos com apenas um botão. Não há muita graça em jogar com ele. O legal mesmo é escolhê-lo sem que o adversário saiba e dar uma surra gratuita para descontrair. Sou dessas!


Feitas as devidas apresentações, vamos as questões importantes.

- Em primeiro lugar, não é 'versus mode' e sim 'Fighting Mode'.

- Em segundo lugar, o game tem especiais. Pense em quantos games de luta para Super Nintendo tem golpes super especiais. Viu? Quase nenhum. Só por isso MMPRFE já está há milhares de anos à frente de seu tempo.

Para executar o especial é preciso carregar a barra colorida localizada abaixo da barra de energia até que fique em trovão. Para isso é preciso executar um movimento no momento exato que a barra se encher, pode ser uma magia ou qualquer outro golpe especial.

Depois é só fazer o clássico duas magias com dois botões e curtir a belíssima animação com direito a muitos efeitos de transparência pirotécnica. Ahhhhh! Um Arraso!

- Em terceiro lugar: Combos. Sei que todo mundo acha os rostos dos personagens em cima das barras de energia uma beleza de detalhe, não é verdade? Mas retirá-los da tela pode ser muito recompensador.


Na tela de opções, há uma opção (sério?) para desativar a exibição dos rostos. O que significa que os combos serão registrados e mostrados na tela. O quê? Não é grande coisa? Tá Lôka Veado?

Pense em porque Killer Instinct é legal... Então... É só porque tem um contador de hits. Garanto que você achará o máximo fazer combos de mais de 50 hits. Pódisclê!

Em quarto lugar: Variedade de movimentos. Cada um dos botões do controle executa um golpe diferente com um nível de força diferente, mais ou menos como Samurai Showdown.

Adorei a contagem ordinal.

E não se preocupe, se esses quatro motivos ainda não foram suficientes para fazer com que você gaste uma tarde inteira de domingo jogando Power Rangers Robô, eu não sou fraca.


Além de tudo isso, tem mais.

Para compensar a falta de um mod0 história mais criativo, alguém teve a brilhante idéia de colocar um Trial Mode nessa bagaça. E pode acreditar, é divertido, desafiador e inspirador.

Basicamente, escolhe-se um personagem e enfrenta-se cada lutador em ordem aleatória, mas com apenas uma energia. O objetivo é saber quantas lutas você é capaz de vencer com apenas uma vida. Claro que a energia enche um pouquinho entre as lutas e o nível dos adversários vai aumentando, mas o desafio é grande.

É uma excelente forma de disputar em modo single player.

Finalizando, uma lenda. Não sei como faz, creio que seja trocando o nível de dificuldade, mas não tenho certeza. Uma vez, aluguei esse cartucho e ao jogar, todos os movimentos eram executados com apenas um botão, assim como jogando com Ivan Ooze. Nunca mais consegui repetir o truque. Se alguém descobrir, me conte por favor. #dicofika

Como nada é perfeito, a trilha sonora não acompanha o nível dos gráficos. Daí, prepare-se para ouvir apenas umas três músicas diferentes entre as batalhas. Nada que atrapalhe, já que são músicas inspiradas na trilha da séria, mas faltou capricho nessa parte. É apenas um defeito para deixar as coisas reais.

Mighty Morphin Power Rangers: Fighting Edition

Produtora: Bandai
Gênero: Luta
Ano: 1995
Console: Snes

NOTA: A+
Power Rangers Robô... Do it like a brother... Do it like a dude... Grab my crotch, wear my hat low like you!

LINKWITHIN

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...