miércoles, 23 de marzo de 2011

Pokémon Blue (Game Boy)

Tá boa, Canoa!?

Se tem uma coisa em que eu era bom quando criança, era Pokémon. Até a era dos 251 Pokémon, eu me sentia um verdadeiro mestre. Sabia todos os nomes, todas as evoluções, tinha pôster, Pókeagenda e tudo mais que um legítimo treinador tinha direito. Cheguei a inventar um RPG Pokémon e até hoje sei cantar o PokéRap, mas isso é uma outra história.

Hoje, falarei sobre um jogo importantíssimo em minha história gamística. Esse foi o primeiro jogo de Game Boy que joguei na vida. E uma paixão tão grande que cheguei a considerar que Pokémon fosse se tornar matéria da escola.

Temos que pegar, Pokémon!



Um fenômeno em todos os sentidos. Essa frase define perfeitamente o significado de Pokémon. O maior game de Game Boy, o mais vendido, o mais jogado, a melhor série, ou seja, o melhor. E de alguma forma essa mania me infectou. Fiquei Lôka quando vi o desenho animado... nada mais importa. Eu quero é pegar!

Logo na primeira tela, o game já conquista. Uma bela apresentação animadinha seguida por uma música excelente já demonstram o que está por vir. A trilha sonora de Pokémon Blue é espetacular. Só de lembrar das notas eu me arrepio e me transporto para o mundo Pokémon. Sem exageros, as músicas são perfeitamente encaixadas nas situações, aproveitando ao máximo o baixo potencial sonoro do MeninoJogo. Um trabalho execepicional que ainda se estende aos efeitos sonoros, igualmente originais e agradáveis.

A característica mais presente nos jogos da série Pokémon é a ADAPTAÇÃO. Os produtores se preocuparam em adaptar tudo para o portátil. Creio que nunca um jogo havia sido tão integrado ao conceito do universo criado. Até as vozes dos Pokémon se transformaram em grunhidos sintetizados. Um Luxo!



O jogo começa com a escolha do Pokémon inicial. Estão disponíveis três tipos de Pokémons (Água, Fogo e Grama). Assim que o bicho é escolhido, você, no auge de seus 10 anos de idade, já está preparado para ganhar o mundo. E depois chama a gente de precoce por beijar na boca com 11... é mole! (claro que não)

Essa primeira escolha definirá as primeiras estratégias de batalha. O de água tem maior defesa, o de fogo tem maior ataque e o de grama é o mais equilibrado.


Os tipos são muito importantes para dominar as batalhas Pokémon. Cada tipo leva vantagem sobre o outro e saber disso é um dos requisitos para se tornar um mestre Pokémon. Além do tipo, o game trás uma infinidade de status digna dos melhores rpgs. Cada Pokémon tem HP, Attack, Defesa, Taxa de Acerto e Velocidade. Atributos esses, melhorados a cada nível ganho com acúmulo de experiência ganha nas batalhas.

As batalhas são aleatórias e por turnos. Cada jogador escolhe um Pokémon por vez, no máximo seis. Quem perder sai e é substuído por outro. Quem sobreviver, ganha. Sério? Simples assim.



Terminando, quero ressaltar a competência gráfica desse título que possui 150 mostros diferentes. Número difícil de ser encontrado em rpgs. Os cenários são muito bem representados em poucas cores e as animações também são competentes. Não quero me deixar levar pela análise técnica que pode ser encontrada aos montes por aí, mas tentar passar um pouco da minha experiência com os Pokémons.

A grande sacada, como disse anteriormente, está na ADAPTAÇÃO. Por estar em um videogame portátil é difícil definir onde termina a ficção e onde começa o mundo real. A sensação de carregar, treinar e criar os próprios monstrinhos é única e exclusiva da série. É possível trocar monstros, itens e batalhar através do cabo link. Sem falar na lenda, que nunca consegui comprovar, sobre conectar dois Game Boys através do infravermelho. Um nível de interação nunca visto antes em um videogame.

Completar a Pokeagenda é um desafio gratificante e divertidíssimo. Já que alguns Pokémons não estão dispovíveis na versão azul e devem ser transferidos da versão vermelha. Uma jogada de marketing nunca foi tão interessante para o jogador.

Mesmo com toda inovação, elementos clássicos dos rpgs marcam presença. Lojas de itens, centros de cura onde podemos dormir, chefes de fases, itens secretos, história e muitos diálogos. O pacote é inacreditavelmente completo!



Não há como explicar a sensação proporcionada por Pokémon Blue. Era como se um mundo totalmente novo fosse apresentado aos meus olhos, e na verdade foi isso que aconteceu. Por algum motivo não consegui acompanhar a série até os dias de hoje. Tenho medo de me viciar novamente e nunca mais jogar outra coisa. Como hoje tenho menos tempo, prefiro não arriscar.

Como não poderia faltar, várias referências homossexuais gritam por atenção ao longo da partida. Resolvi destacar apenas dois pontos interessantes.



Primeiramente, o trio de Drags Pokémon. Zapdos, Moltres e Dratini são os pássaros sagrados mais fechativos do mundo. Elas são tão valorizadas que ganharam até filme longametragem com direito a super DIVA! Fechação extrema!



E por último, um dos maiores motivos pelos quais valem a pena enfrentar todos os adversários: A possibilidade de um deles estar sem camisa.

Em qual outro lugar podemos encontrar lutadores sexys como esse? Lugar nenhum. Ow... falando sério, eu ficava louco pra lutar com esse cara. Como eles conseguiram deixá-lo tão atraente com essas cores que parecem manchas? Aii! Tô Doida!


Pokémon Blue

Produtora: Game Freak
Gênero: RPG
Ano: 1996
Console: Game Boy


NOTA: A+
Sandália Caríssima responsável pelo renascimento de um videogame e da reinvenção do conceito de portátil.

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