Você sorria pra mim e eu descobri então
Que as nossas vidas se uniram para sempre
Eu sei, que o tempo passa e a gente fica mais forte...
Primeira Vez - Leilah Moreno
Desde criança até os dias de hoje tive contato com inúmeros consoles. Joguei Atari, Nes, Master System, Mega Drive, Sega CD, Super Nintendo, Game Boy, Game Boy Color, Game Gear, Playstation, Sega Saturn, Nintendo 64, Playstation 2, Xbox 360 e Nintendo DS. Experimentei todos, de propriedades diferentes.
Algum dia contarei cada uma dessas histórias, mas hoje não.
Não é minha culpa.
Nosso parceiro André Bréder, retroblogueiro experiente, teve uma excelente idéia, resolveu colocar em prática e advinhe?... Titia foi convidada! Desculpa!
Sendo assim, hoje falarei sobre o primeiro de todos. Não o primeiro videogame que joguei, mas sim, o primeiro que pude chamar de meu. Exclusivamente meu para ser mais exato. Quem tem irmãos sabe do que estou falando, ainda mais se for irmão do meio, né?
Em meio a tantos empréstimos, fiz aniversário como sempre e uma oportunidade única surgiu. Um antigo amigo estava se desfazendo quase que por milagre de seu velho videogame sem o mínimo recentimento. Claro que fiquei Lôka! para comprar... sério!
Nada se comparava a ter meu próprio videogame, mesmo que em 1998 ele já tivesse mil anos.
Nunca me esquecerei desse dia. Negociei um preço ridículo de R$ 40,00 pelo console com três excelentes cartuchos originais, três duvidosos e um controle especial. Meu pai fez o cheque (se não me engano foi também a primeira vez que tive um cheque nas mãos), me entregou e lá fomos nós por volta das oito horas da noite buscar o tão esperado presente.
Sinto frio na barriga só de lembrar.
Depois de tantas tragédias com outros videogames, tantas disputas por espaço com meu irmão mais velho e tudo pelo que passei, finalmente tinha meu próprio videogame.
Sabem aquela velha história de que o videogame estraga a televisão?
Então, minha mãe acredita nisso até hoje.
No dia seguinte a euforia foi tanta que a tv do meu quarto não era suficiente, liguei o bendito na televisão da sala e comecei a jogar. Lembro-me até da diferença de tamanho dos sprites de uma tela para outra. AhhhH... bons tempos de usar o vertical... alguém se lembra?
A tv da sala se tornou oficial.
No total eu possuía três chips (Krazy Creatures, Não me lembro do segundo e Robin Hood The Prince of Thieves) e três cartuchos completos (The Legend of Zelda, Link's Adventure e Final Fantasy) com bateria e tudo. Jogos espetaculares que também foram perdidos pouco tempo depois (história trágica detected).
Chips em vez de cartuchos, um fio de antena fazia papel de adaptador RF, o controle turbo era cheio de fita isolante, as baterias eram coladas com durex e a tomada era de um ferro de passar roupa... Sandália Caríssima!
Naquela época tudo isso era rotina na vida de qualquer jogador, principalmente na minha. Não?? Pára! Quem nunca fez uma gambiarra aê, pode morrer!
Como podem ver, Titia já era gongada antes mesmo de aprender a andar de salto.
Foram muitos dias felizes. Cobrei uma dívida subjetiva de um primo meu discretamente como uma locomotiva e consegui The Fantastic Adventures of Dizzy que até hoje não sei aonde foi parar. Renovei minha conta nas locadora da cidade e aluguei, nessa ordem: Super Grafix, Ghoustbusters e antes dele ser destruído Mega Man V, o último game jogado nessa marivilha. (outra história trágica deixada para outro dia).
Só alugou três cartuchos, bicha!?
É querida...
...te falei que essa locadora era furada.
Infelizmente, como Titia não tem direito a nada, perdi meu amado Turbo Game de forma trágica. Não entrarei em detalhes para não borrar a maquiagem. Ainda tentei roub... ops! Pegar emprestado outro exemplar, mas apesar de tê-lo ainda hoje, ele nunca funcionou. Uma pena!
Enfim, esse é um resumo da história do meu primeiro console.
...
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