domingo, 13 de setembro de 2009

Carão para os Gráficos!


Dando um tempo nas Análises. Inicio aqui uma série de posts, onde vou expor minha opinião sobre um assunto, sempre que tiver inspiração. Se Joga aí!

Domingo à tarde, piscina, video-game e sobrinhos. Donkey Kong Country 2 me surpreende pela sua beleza e detona com as crianças na jogabilidade.

Todos acostumados a God of War e GTA no PS2, são incapazes de pular na cabeça de um jacaré em uma plataforma 2D. Esse assunto me incomoda, por isso vou deixá-lo para depois.

Á noite, uma locadora (raríssima e resistente nos dias de hoje), video-games a R$2,00 a hora. Vejo um jogo de corrida de carros normais rolando em uma tela de LCD de um PS3, o primeiro comentário: "Nossa olha os gráficos desse jogo!".


Não dou nenhuma importância a isso, só vejo um jogo genérico, mais do mesmo, de um gênero que não curto, tentando inutilmente passar a sensação de ser motorista de um carro luxuoso ao jogador. Gráficos têm que transmitir a fantasia do jogo (já disse e repito).

Personagens de Desenho Animado em um Game eram os melhores, porque me faziam sentir como os heróis.
No Atari, os poucos pixels disponíveis eram o bastante para pilotar um avião ou tanque de guerra. E mesmo que a imaginação fosse gasta, eu conseguia enxergar o mundo por trás da T.V.

Nesta era de contagem de polígonos, fico Toda Arrepiada! quando ouço um lançamento de jogo de personagens de filme.

A experiência é sempre frustrante, quase a mesma de ver um filme do Harry Potter depois de ler um livro, não cabe nem na seção de Extras.

Ao invés de trazer o mundo fantástico para tela, os produtores querem levar o mundo real para o personagem fantástico.
Sinto muito falta de Cut-Scenes que perderam espaço para animações no próprio jogo. Capas de jogos perderam seu valor.

Mas a maior das saudades de todas as que apertam meu peito jogaydor, é a que sinto pelo Zeramento.

É extremamente frustante ver cenas mais trabalhadas e elaboradas durante o jogo do que no final.

Essa dita engine gráfica não consegue traduzir ou completar minha imaginação. Sou a favor do Pró-Zeramento!

Qual é a graça de jogar em imagens reais? A dar valor ao realismo nos jogos prefiro viver na vida real.

Jogos com gráficos adultos? Leia-se imagens em tons escuros, personagens humanos e armas. Cores? Coisa de jogos casuais e infantis.

Não jogaria video-game se quisesse ver realidade na tela. Sexo virtual pode ser interessante, mas para que fazer papai-mamãe pela internet? Realismo nos Gráficos dos Games não faz sentido.

Nesta noite percebi meu preconceito com novas plataformas com foco em técnicas de 'geramento de polígonos'. O meu DS é a prova viva de que gráficos não são nada sem a experiência.

Meus sobrinhos me questionam, dizendo que jogo retro-games, porque são da minha época. Retruco dizendo que são os melhores.
As limitações dos consoles fazem com que a expressão artística passe por cima da capacidade de processamento de polígonos.

Qual o mérito de um jogo com gráficos perfeitos? O charme da vida são as imperfeições. Dê-me algo mais real.

Falando em revolução gráfica. Mil mils polígonos são fáceis. Prometo mudar de opnião quando chegar o Video-Game capaz de gerar uma Única Curva (Tipo PlaySkol!).
Jogos Bonitos são os que se fazem reais. E Feios são aqueles que não sabem transformar suas limitações em Charme.

Os adultos de hoje não sabem nada mesmo e as crianças passam aperto com jogos "perfeitos" de temática adulta sem fantasia alguma.

O mundo termina em 64Bits.

Que fique claro que não critico jogos atuais, e sim a preocupação excessiva com a imagem gerada na tela e o desprezo pela experiência proporcionada por elas. (Quer saber, critico sim!)

Fazer a linha super séria de cronista (Acho que nem me aplico a esse gênero literário, mas tá valendo) não é fácil. Não se preocupe Colega, daqui a pouco estou de volta.

SemBr

3 comentários:

  1. Concordo plenamente. Realismo para quê? Imagine que imagens fantásticas nós teríamos hoje se toda essa tecnologia fosse usada para desenhar sprites à moda antiga? Tanta coisa bonita para se criar e os caras estão mais preocupados com o realismo.

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  2. Opa ^^

    Belo post! realmente muito bom!!!

    Caso não saiba, conheci seu blog por intermédio do tiu ae em cima, grande Orakio!

    Também sou dono de um blog sobre Retrojogos, o www.retroplayers.com.br , que é parceiro do dele! Como pode ver, sou outro aficcionado por games das antigas!! Fazer o que? são os melhores mesmo!!

    Difícil é explicar para o bando de jogadores atuais que nossas preferências gamísticas não se dão pelo fato de termos jogado isso ou aquilo NA ÉPOCA, e sim pelo fato de termos presenciado UMA ÉPOCA onde as sothouses não se preocupavam com o realismo que o jogo deveria apresentar, o foco era absolutamente outro, e é isso que foi se perdendo com o tempo e que elas tentam desesperadamente resgatar.

    Assim como vcs, eu tive minha infancia envolto a consoles de poucos bits e personagens criados com meia duzia de pixels, e isso era maravilhoso. Foi uma época inesquecível, extremamente marcante! Uma época de ouro onde as fabricantes não se importavam tanto com detalhes de realismo ou violencia dos games, e sim com a diversão que eles deveriam proporcionar. Era legal demais terminar aquele jogo dificil cheio de obstáculos cabeludos, dungeons e fases intermináveis onde morrer era inadmissível, e dizer pra galera EU ZEREI só pra apreciar as caras de indignação, dúvida, inveja, alegria, era uma festa kkk mas... hoje isso é bobagem, qualquer jogo é terminável facilmente, só ter um pouco de paciência. A evolução natural das coisas transformou os gráfifos em 3D, criou saves em cartões de memoria do lado de fora das salas dos últimos chefes... A princípio deixou tudo feio, quadrado, mas com um nivel de exporação que supria a diversão dos games antigos pela NOVIDADE que aquilo representava, mas essa novidade passou e o que resta é apenas deslumbre visual, nada mais.

    Ao meu modo de ver, essa evolução se tornou acelerada e descerebrada demais, a industria atual de games se tornou sedenta por tecnologia, e isso fez muito mal a ela própria.

    Infelizmente, a mulecada joga aquilo que lhe é apresentado, e é dificil explicar a qualquer um que seja que aquele joguinho de poucos megas do personagem cabeçudo e de movimentação lateral pode ser muito melhor, mais realizador e divertido do que seus games sangrentos em super high definition que só necessitam de algumas centens de apertos em um botão para serem vencidos.

    Eu não sou um cara que dispensa um bom jogo de PS2 ou Game Cube, não é isso: eu apenas considero que a continuar assim neste rítmo, o pessoal de hoje daqui a 15 ou 20 anos não se lembrará destes jogos de agora do jeito que nós lembramos neste momento dos jogos de 15 ou 20 anos atras, e isto pelo simples fato de que a indústria de games atual transformou o que era diversão em negócio, e isso ao pé da letra.

    Pra mim a magia terminou mesmo la pros 64bits salvo raras excessões e lampejos de criatividade, e no futuro, os jogos atuais serão apenas jogos ultrapassados.

    Acho que alonguei demais nesse post kkk
    Abraço!

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  3. Nossa! Fico muito lisonjeado pelos comentários. É uma honra ter vocês como primeiro comentadores da história do GLStoque.

    Concordo com tudo que disseram. Os games mudaram e sinto que é uma mudança para pior. Pensei em uma coisa outro dia: Um dos problemas é que os video-games não são feitos mais por empresas de jogos e sim de mídia e entretenimento. A última dessas é a Nintendo que ainda mantém parte de sua magia.

    Pensei nisso, quando viajava sobre a paixão dos Seguistas com a SEGA e porque sentimos tanta saudade dessa empresa como fabricante de consoles.

    A Sony e Microsoft não fazem jogos. A Nintendo está sozinha. Isso é muito ruim. O que conforta é saber que fazemos parte da resistência e que somos fortes.

    Ainda acredito que o mundo vai Desacabar.

    Valeu pelo apoio. (Acho que alongay demais também)
    Abraço!

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